Entre a carne e o espírito: o sublime burkiano em “A queda da casa de Usher” de Edgar Allan Poe
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Resumo
Este artigo propõe uma leitura do conto “A queda da casa de Usher”, publicado em 1839 pelo escritor Edgar Allan Poe, incursionando-se por um caminho exegético que intenta, sobretudo, indicar os pontos de contato entre o texto de Poe e a teoria do sublime, do modo como a estabiliza o irlandês Edmund Burke em seu tratado estético publicado no ano de 1757. A leitura do conto, pela clave do sublime, é exemplo crítico-metodológico que deve ampliar tanto as possibilidades exegéticas dos textos já consagrados quanto a proposição de novos questionamentos que busquem compreender de que maneira a categoria do sublime contribui com a gênese e com o incentivo à apreciação crítica das obras literárias góticas. Investigamos a hipótese de que o sublime é recurso composicional a que Edgar Allan Poe recorreu para redigir seu conto “A queda da casa de Usher”. A perspectiva de leitura adotada convida-se a se expandir para outros textos do inventário do contista norte-americano, posto que a análise dos elementos que sustentam seu texto – e que conduzem o leitor ao sentimento do sublime – possibilita a percepção simultânea de outras escolhas que atestam a prodigiosa qualidade criativo-formal da poética de Poe.
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Como Citar
Lobo-Sáber, R. (2017). Entre a carne e o espírito: o sublime burkiano em “A queda da casa de Usher” de Edgar Allan Poe. Quaestiones Disputatae: Temas En Debate, 10(20), 75-100. Recuperado de http://revistas.ustatunja.edu.co/index.php/qdisputatae/article/view/1326
Seção
Artículos No 20
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